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Na tradição celta o ano acaba e o novo começa pelo Samhain, pois, ao morrer, a vegetação lança à terra as sementes que trarão de volta o ciclo da vegetação, o ciclo da vida, à medida que, com o giro da grande roda, se eleva no céu a nossa estrela.

Samhain é tempo de finais, de deixar ir o que já perdeu vida; é quando invocamos a Senhora da Foice e Atégina, a Senhora do rio da Morte, das Águas da Dissolução, Transformação e Renascimento.

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Dela é este tempo de desapego e de limpeza, de mudança de forma, sob a protecção da nossa Hespéride do Samhain, Liberata. Tempo também de confronto com a nossa Sombra, com a verdade mais profunda de quem somos, e de nos abrirmos a receber limpeza emocional e cura. É tempo de descermos fundo na Sua gruta e de entregarmos ao Seu rio negro do inframundo os cadáveres das nossas mortes psíquicas. Aí, ao Seu abraço compassivo e acolhedor, conduzimos também a alma de quem partiu para a Sua nova vida do outro lado do véu que separa a nossa dimensão ordinária da dimensão da Deusa, a dimensão do nosso Jardim das Hespérides.

Na verdade neste tempo de Finadas e Finados, os véus que separam dimensões estão mais ténues, o que nos permite sentir de forma mais profunda esses seres amados que já desencarnaram, mas cuja energia permanece tão perto de nós, e receber as bênçãos do seu amor, sentindo-nos parte da mesma comunidade de almas, da mesma alma familiar, da qual neste retiro aprenderemos a cuidar com especial intenção e amor.

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Na nossa tradição, e neste espírito de honrar e celebrar a Vida-Morte-Vida, a época das “castanhas e do vinho novo”, designada por São Martinho, é ainda uma continuação da celebração do Samhain, o fim da vida física e a eterna vida do espírito. Essa reafirmação e celebração da Vida é manifestada na partilha de alimentos, na Ceia que os e as vivas partilham com quem já não está mais fisicamente entre nós. Esta é uma tradição ainda muito viva em lugares como o México, mas também em outras culturas e também na nossa dela podemos ainda encontrar vestígios.

Acrescentar que este retiro acontece num lugar privilegiado do Oeste, em plena natureza, um lugar muito antigo e repleto de vestígios desse cuidado milenar, ancestral, de honrar e cuidar dos nossos mortos e mortas que marca a nossa entrada enquanto espécie num patamar civilizacional superior.

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Trata-se então duma experiência única de aprendizagem, cura e transformação, que te proporciona o cuidado contigo, com a tua alma, mas também com outras, em segurança, amor e devoção, sob a protecção de Atégina, Liberata, Hécate, Ceridween e outras Deusas Negras, Senhoras da Morte, Transformação e Renascimento.

Entre outras actividades, vamos:

Reconhecer e honrar as nossas mortes, acolhendo a cura e o renascimento;

Percorrer a Estrada da Morte

Fazer o percurso do Labirinto das e dos Mortos

Realizar a sua Ceia das e dos Antepassados...

Criar o Caminho das Almas...

Cor a usar: negro

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Informações sobre programa mais detalhado, condições, e materiais necessários serão enviadas após inscrição. Incluir no vestuário roupa, calçado e bastão de caminhada.

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Valor de troca: 150 euros - inclui alojamento em quarto partilhado

Sobre a alimentação, és convidada/o a trazer alguns alimentos para partilha e a organização também contribui com uma parte.

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Será bom ter-te connosco!

Contacto: jardimdashesperidestemplo@gmail.com

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